segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Azul-Claro


Que profundo olhar azul-claro tão intenso e atraente. Que profundo olhar azul-claro. Tão viril e enigmático que nos assusta, mas nos delicia a decifrá-lo, a mergulhar e ser perder. Perder-se nesse ensejado olhar azul-claro. Se comparados, são banais as águas das Antilhas, a cor desse olhar é vívido e único. Tamanha singularidade é vista com a pueril superfície da infância que ele ainda possui. Tão lindo o meu olhar azul-claro. Ele vai caminhando pelo tempo, aprendendo sobre a vida da maneira que pode, seja com o inebriar do álcool, da neblina do seu cigarro, dos espasmos metanfetamínicos, ou até da ardência da coca. Ele vai caminhando com o que sabe, com o que tem. Um amor não basta. Mas azul-claro vai caminhando com o que vem. Até que um dia ele para, o meu olhar azul claro, para no silêncio. No início agonia, mas no findar se revela. Surpreende com lágrimas esse olhar que já não é mais de menina, é de um azul-claro maturado para enfrentar essa cruel vida.



Effy.

Nenhum comentário:

Postar um comentário