sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Ressalva da anterior

Não corrigindo um erro, mas sim relevando uma omissão da postagem anterior: Esta foi inspirada em minha amiga Bruna, que naturalmente se inspirou em outra- e assim por diante.

"Nepotismo" cinematográfico


Anna Karina & Jean-Luc Godard


Catherine Deneuve & Roger Vadim


Brigitte Bardot & Roger Vadim


François Truffaut, Claude Jade & Jean-Pierre Léaud


Clotilde Hesme & Christophe Honoré


Louis Garrel & Philippe Garrel




Ao banheiro, tênue esperança.

Mesmo depois de tudo, ainda me sinto como ela: Sorrindo confiança,determinação e estilo.



Usei o novo "CLOSE-UP white now"e não tive dentes instantaneamente brancos como preconiza a propaganda.Não é que eu tenha sido mais um que foi ludibriado pela máfia arrivista da publicidade, "não,nunca...jamais". Constata-se que desde o histórico instante que ela passou a criar passíveis soluções imediatistas para questões corriqueiras, nasceram com essas o ressalvante "asterisco". Observando com minúcia esse inconveniente filtro dos sonhos modernos, descobri que a "sílica branqueadora", ingrediente que diferencia o produto dos demais de sua linha, tem efeito óptico temporário e, ainda por cima, mancha roupas! Portanto caro leitor, se querem ter dentes brancos "now", parem de tomar café e fumar e procurem um dentista para um futuro clareamento.



Doce pulsar coronário do medievo

Ele não queria um caso a parte.
Ele não queria isso, não mais.
Ele, no entanto, faria,caso preciso.
Ele sabia dessa perda de tempo- necessária?
Ele deduzia também: "será inusitado".
Ele estava certo, e foi.

Ele olhava,fitava,analisava...
Ele se extasiava, mas não se saciava.
Ele,todavia, não semiotizava- era desnecessário.
Ele se perdia num vórtice de ideias convergentes.
Ele se foi.Tudo.Doce e disrítimico.

Eunice Kathleen Waymon



"Jazz é uma palavra branca para uma música negra." Com essa frase Nina Simone renegava o estereótipo de "cantora de jazz" dado às divas negras das décadas de 50 e 60 e ainda dizia muito sobre sua personalidade e seu estilo. A cantora morreu no dia 21 de Abril, aos 70 anos, em Paris.

Nina era especial na miríade de divas do jazz nos anos 50 e 60 por vários motivos. Um deles era a sua versatilidade.

Ela passeava com a mesma competência pelo jazz, soul, blues, gospel, canções tradicionais e pop. A sua interpretação, nem tanto pela técnica, mas pela emoção, poderia ser classificada como soul, dada a sua entrega às canções que interpretava.

De alguma forma, ela foi chamada "a maior pregadora do soul". Mas Nina também se distinguiu, durante toda a carreira, por ser uma das cantoras a encarnar com mais fervor a luta pelos direitos civis nos EUA.

Quando Martin Luther King morreu, ela cantou: "What will happen, now that the King of love is dead?" (O que vai acontecer, agora que o rei do amor está morto?).

O seu activismo político era consonante com a mulher que, vinha de uma família de oito filhos e queria sair da pobreza por meio da música. Na verdade ela começou a cantar para se sustentar, quase por acidente.

As suas melhores gravações foram feitas nos anos 60. Mesmo com material disperso, que ia das baladas francesas a canções políticas enfurecidas, o vocal temperamental - mas ainda assim elegante - revelava uma cantora independente e repleta de sentimentos.

A cantora deixa, entre lançamentos de estúdio e gravações ao vivo, quase 70 álbuns de uma carreira que durou 46 anos e que deixou marcas na música com um vocal intenso e passional, que poderia ser agressivo, triste, sofisticado e melancólico. A força da personalidade de Nina e mesmo o seu ecletismo mantiveram-na mais distante do público que as suas contemporâneas, mas o seu talento é comparado ao de Billie Holliday (considerada a maior intérprete de jazz de todos os tempos pelos críticos).

A sua morte encerra o ciclo das grandes cantoras negras do género. Hoje, o espaço é de nova geração de cantoras brancas que possuem técnica e elegância impecáveis, mas, inevitavelmente, menos potência vocal nas interpretações. Diana Krall, Jane Monheit e Norah Jones juntam-se a Dee Dee Bridgewater como referências do jazz contemporâneo, que nunca vai ser como os anos dourados de 50 e 60.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

AVISO:

Caro leitor, não procurarei jamais, sobre hipótese alguma, retificar suas inquietações e objeções acerca de como venho navegando nesse imensurável oceano virtual.Todavia o quê interessa neste exato momento não é o compĺexo "para quê", e sim o notório "por que".Deveria ter deixado um recado simples, anunciando minha saída-sim, porque esta é a ação imprescindível para aqueles que decidem sair de férias.Se o tivesse, no entanto, muitos pensariam que seria uma viagem sem volta-limitados,errôneos e banais.Por isso não o anunciei antes, e o faço agora de forma contraditória: "Voltei".