terça-feira, 13 de julho de 2010

Um, dois, três:

A simplicidade do gesto não o obstem da sua profundidade. Não há muito o que fazer, apenas se concentrar, inspirar fundo e fechar os olhos para um abissal e eufórico mergulho. Enquanto você penetra, como a um projétil, descortinando os fluídos existentes, a adrenalina te possui e, por conseqüência, o surreal deleite que ela te proporciona o faz pensar possuir uma superioridade- beirando a uma invencível altivez. É então que elas se abrem e você tem certeza de tudo isso. “Eu posso... eu posso voar!”, você repete freneticamente, abre os olhos para ver se tudo não passou de um sonho, ou, quem sabe, de uma ilusão. Contudo o lacrimejo em seu olhar, o pulsar quase explosivo do seu coração e a miríade de sensações que não cessam, mas que só tendem a se multiplicarem, te garante que é real- pois você as toca, você as sente e vive. A vida realmente é “algo que esta além do que possamos descobrir” e sempre devemos querer “descobrir tudo”, mesmo que não consigamos, mesmo que algumas experiências sejam amargas o suficiente para nos esmorecer. E caso isso aconteça, ao menos se teve, e, agora, se tem, “coragem para sorrir apenas por sorrir”.

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