A imprensa é uma ferramenta imprescindível na formação de uma mentalidade transformadora para o real exercício da cidadania brasileira. Desde sua polêmica consolidação, ela está presente no cotidiano da sociedade, transmitindo-a uma gama de conhecimento e a influenciando das mais diversas formas.
Durante a sua indispensável atuação, foi perceptivo o caráter dúbio da imprensa - que ora portou-se de maneira democrática, ora de maneira manipuladora- nos principais eventos históricos que marcaram o perfil do atual Brasil. Esse meio de comunicação teve sua consolidação nos interesses políticos e militares no qual difundiram a informação, a fim de planificar a mentalidade cidadã, a exemplo da Rede Globo. Não raro, a ela também participou dos movimentos esquerdistas, ampliando a conscientização social, como por exemplo, nas “Diretas Já” e durante o impeachment de Collor.
Outro aspecto relevante é o seu papel modernizante, ou seja, a capacidade de questionar no imaginário social, antigos conceitos e de proferir-lhe novos. A mudança no padrão da família brasileira, em meados da década de setenta, que posicionava com relevância o novo papel da mulher, foi difundido pela imprensa segundo preceitos feministas. Ademais, a infundamentação do discurso maniqueísta relacionado ao movimento dos sem-terra (MST), foi esclarecido pela sua justa averiguação.
Todavia essa importante ferramenta social sofreu danos com a revogação da lei de imprensa pelo Supremo Tribunal Federal. Embora o tenha feito segundo preceitos democráticos, o STF destituiu da legislação, parâmetros que normatizavam a liberdade de imprensa diante do direito individual do cidadão.
Dentre todas essas adversidades, a imprensa ainda possibilita ao cidadão brasileiro recursos para que este possua consciência dos seus direitos e deveres perante o Estado.Portanto há a necessidade da elaboração de uma nova lei de imprensa equilibrada e justa para nortear a liberdade de expressão que lhe é intrínseca.
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